Recentemente Vassula transmitiu-nos uma mensagem de Nossa Senhora (clique).
Vassula e Pe. John Abberton fizeram vários comentários que ajudarão os leitores
a meditar sobre a mensagem. Vassula nos recorda que já lemos coisas semelhantes
em mensagens anteriores de A Verdadeira Vida em Deus. Ela também nos
adverte que não sabemos quando estas profecias se completarão. Isso pode levar
até mesmo uns dez anos ou mais, nós não sabemos. Pe. Abberton, no artigo a
seguir, nos adverte que agora devemos agir tentando viver as mensagens. Levar a
profecia a sério significa que devemos responder vivendo já, uma verdadeira
vida em Deus e não esperar mais.
Por Pe. John Abberton
Antes de mais nada, é importante dizer que a única coisa nova nesta
mensagem é a declaração de que estamos mais próximos de eventos já
profetizados. As mensagens de AVVD contêm elementos apocalípticos, e algumas
passagens são dramáticas. Por exemplo, veja a mensagem de 29 de abril de 1995,
onde Jesus aparentemente fala do que a Bíblia chama de “O Dia do Senhor”:
“Aparecerei num
cavalo branco, como um combatente de justiça e julgarei todos
os Meus santos, apóstolos e profetas, contra o dragão, a Besta, o falso profeta, aliás a segunda Besta e os três
espíritos imundos e, com a Minha espada, ferirei cada um
deles”.
Ele também fala
sobre os seguidores da Besta, alguns dos quais parecem estar infiltrados na
Igreja. Ele diz:
“Arrancarei cada um deles e queimá-los-ei no fogo, e o Meu
Sopro devorará o resto deles com um fogo...”
O que é o “fogo”? O Senhor fala do seu Sopro como um “fogo”. Nesta
mensagem a palavra “Sopro” tem um “S” maiúsculo, e assim é como deve ser, pois
o Espírito Santo é o Sopro de Deus. O Espírito Santo é o “Fogo” que vem do Céu.
Vassula nos alertou que, quando lemos passagens como esta, devemos
interpretar no sentido espiritual. Não devemos sempre pensar em eventos físicos
ou geográficos, mas nas mudanças espirituais que o Novo Pentecostes trará para
cada um de nós, e como a clara descoberta da Verdade (a “Espada”) será como um
julgamento, especialmente naqueles que rejeitaram o Evangelho. Tudo isto está
profetizado nas Sagradas Escrituras, no Antigo e no Novo Testamento.
Naturalmente, ao lermos a mensagem de Nossa Senhora, devemos admitir que o
advento do castigo (se é disto que estamos falando) de fato incluirão
verdadeiros eventos físicos. A linguagem inegavelmente aponta para
acontecimentos históricos e geográficos:
“A terra vomitará, de seu interior, rios de fogo”
Imagens semelhantes são encontradas nas mensagens dadas a Don Gobbi, do
Movimento Sacerdotal Mariano (o Movimento foi mencionado no início das
Mensagens de AVVD). Uma mensagem em particular de 15 de setembro de 1993, fala
sobre a vinda do fogo e diz que uma grande parte da humanidade será destruída.
Na mesma mensagem, apesar de não ser dito seu nome, as aparições de Akita são
mencionadas. Imagens similares são encontradas em parte da mensagem de
Garabandal (também citada nas Mensagens de AVVD e do Movimento Sacerdotal
Mariano).
Há mais a dizer sobre isto, mas realmente precisamos saber como devemos
responder.
Fiquemos com o sentido espiritual, pois esta é a mais importante
interpretação destas mensagens.
Para começar, a mensagem nos desafia. Somos postos diante de um espelho e
convidados a nos olharmos. Somos realmente seguidores de Cristo? Aceitamos
realmente as Mensagens de “A Verdadeira Vida em Deus” ? Estamos vivendo um
tempo de muito perigo. Nossos inimigos podem nem sempre ser visíveis, mas são
reais. Estamos encarando esta batalha seriamente? Os primeiros Cristãos
sofreram e muitos preferiram morrer a negar a Cristo. Eles fizeram muitos
sacrifícios, alguns que conduziam mesmo ao derradeiro. Estamos vivendo vidas
confortáveis? Que sacrifícios estamos fazendo? Se voltarmos à Mensagem de
Fátima (1917), veremos que Nossa Senhora nos pede que “vivamos uma vida ativa”,
e isto significa oferecer, em conseqüência, todos os sacrifícios que temos que
enfrentar. Em outras palavras, os primeiros sacrifícios que oferecemos são
aqueles que se nos apresentam ao tentarmos viver uma vida Cristã, de acordo com
nossas vocações, posição na vida (casado, solteiro) e localização geográfica.
Em muitos casos, isto será suficiente. Pense nos Cristãos do Paquistão!
Para muitos, no Ocidente opulento, mais é necessário, mas “mais” não
significa “grande”. Não devemos deixar passar um dia sem algum sacrifício.
Podemos oferecer uma quantidade de pequenos sacrifícios. Não devemos tentar
fazer mais do que Deus nos pede, nem presumir que somos solicitados a fazer
sacrifícios além das nossas forças. Devemos nos prevenir contra o orgulho
espiritual. Também não nos é permitido prejudicar nossa saúde. Não há
necessidade de fazer uma lista dos tipos de sacrifícios que podemos fazer
voluntariamente. Não é necessário muito esforço para cada um de nós decidir o
que ele ou ela podem fazer. Todavia, o significado mais importante é aceitar os
sacrifícios que acompanham nosso comprometimento com “A Verdadeira Vida em
Deus”, o que pode ser mais e melhor oração, atender ao pobre, testemunhar
ou, com certeza, real sofrimento em união com Cristo. A paciente aceitação da
perseguição é parte do bocado.
Ao mesmo tempo, não nos é pedido que estejamos sempre taciturnos. Santa
Teresa d´Ávila rezou, “Senhor, livrai-nos dos santos tristes”. Não nos é pedido
que abandonemos todas nossas atividades prazerosas. Nestes tempos, todos
precisamos de descanso, e algum entretenimento não é uma coisa ruim, mas
devemos nos certificar de que tudo seja feito com o Senhor. Uma vez convidados
a ir a algum lugar ou fazer alguma coisa que não podemos fazer em Sua
Companhia; devemos recusar. Este é um exemplo do tipo de sacrifício que devemos
fazer para permanecermos fiéis ao nosso compromisso. O Senhor não nos pede que
sejamos tristes nem que todos vivamos como eremitas. Se você é um eremita,
então deve viver como tal, mas nem mesmo eremitas devem ser tristes. Todas
nossas atividades são feitas em Sua Presença, saibamos disto ou não. Como
leitores de AVVD somos convidados a viver o “Nós, Nos”. As implicações disto
são que não pecamos e oferecemos TUDO que fazemos, pensamos e dizemos em união
com os Dois Corações. Jesus está conosco na Igreja e no cinema. Já que Ele vai
conosco devemos estar atentos ao que Ele quer e decidir o que devemos ver ou
não ver, fazer ou não fazer. Devemos ser cautelosos em relação a atividades
infrutíferas e à perda de tempo precioso. Isto não quer dizer ficar super ansioso
em relação às nossas atividades de lazer, mas manter um equilíbrio apropriado
em nossa vida diária.
Uma das coisas mais desafiadoras na mensagem de Nossa Senhora vem no
final. Ela pede a Vassula (e a nós também) que “faça suas orações em
recolhimento”. Novamente, nos vemos diante da necessidade de fazer sacrifícios.
Um dos grandes segredos da vida espiritual é concentração. Devemos
descrever assim: tudo que fizermos pode ser feito em oração. Não precisamos
lutar e nos pressionar com isto, mas apenas dizer, “Senhor, eu vos ofereço
isto, etc” e, então, fazermos o melhor que pudermos, para nos concentrarmos em
não importa o quê estejamos fazendo. No caso de um monge beneditino, por
exemplo, seu trabalho no jardim, ou na fábrica de velas (ou seja lá o que for) é
importante e pode ser oferecido a Deus. Para fazer desta, uma boa oferta – uma
boa oração – ele deve prestar atenção ao que está fazendo. Boa oração pode nos
ensinar como nos concentrarmos e estarmos atentos a Deus nos diferentes
momentos do dia. Oração que é constantemente distraída e oração que está sempre
pensando adiante, por exemplo, sobre o que vamos fazer a seguir, precisa ser
modificada. Não podemos permitir a distração, mas devemos nos recolher e voltar
à nossa concentração. É o esforço que conta, juntamente com a intenção de
nossos corações.
A palavra “Imolação” pode provocar algum problema. O que ela significa?
Uma definição é, “matar pelo fogo”. Esta faz dela uma boa palavra para nós,
porque há partes de nós, e coisas sobre nós, que devem morrer. O eu egoísta e
inútil deve ser curado, e a prescrição é “morrer para si mesmo”. Isto significa
dizer “Não!” para esta parte de nós mesmos. Significa disciplina e sacrifício.
O jejum faz parte deste processo de cura. A outra coisa sobre a imolação é que ela
tem algo do sentido de “oferecimento”. O que estou oferecendo a Deus? Se,
permito ao Fogo do Espírito Santo que me purifique, aquilo que já está
espiritualmente morto em mim, poderá finalmente ser destruído e removido. O que
posso então oferecer a Deus é a mim mesmo purificado pelo fogo (imolado). O
amor de Deus pode arder em meu interior e matar o pecado e imperfeições. Este
não é o trabalho de um dia ou um ano, mas é importante ter a intenção.
Definitivamente este é trabalho de Deus e eu coopero com ele. Eu também sou
imolada pelo sacrifício da obediência. Obediência pode ser um verdadeiro
sacrifício; a negação do orgulho e a escolha da humildade (em alguns casos, a
humilhação, mesmo). “Aquele que se humilha será exaltado”.
Como disse no início, não há nada de novo aqui. Não estamos familiarizados
com o convite a “aniquilar” tudo que nós somos para que possamos receber “tudo
que é” Cristo? Basicamente, estamos lendo o mesmo chamado à santidade que nós
já lemos nas mensagens. Vivendo as mensagens, estaremos em união com Deus. O
que mais precisamos saber?